Natal é aquela coisa boa de reunir a família ao redor da mesa de jantar e fofocar sobre o que tem acontecido na vida de cada um, né? Juntamos os primos mais distantes, os filhos dos amigos, os amigos dos filhos dos amigos… E, em uma destas conversas, um tio acabou me perguntando “Mas, minha filha, o que é esse Wealth Planning que você faz?”
E, como na sala de aula, quando um dos alunos levanta aquela dúvida que é compartilhada por muitos, mas verbalizada apenas por alguns, todos se viraram para escutar minha explicação.
Percebi, então, que apesar de falar muito sobre isso no meu dia a dia e nas minhas redes sociais, eu nunca tinha explicado diretamente “o que é esse Wealth Planning” que a gente faz.
A verdade é que “Wealth Planning” é um nome cravado pelo mercado financeiro e importado das instituições internacionais, mas nada mais é que conseguir planejar a gestão e administração do patrimônio de uma família no longo prazo.
Quando falamos de famílias com patrimônios mais complexos, precisamos extrapolar essa questão pura e simples da riqueza. Dinheiro e sua rentabilidade é um pedaço muito importante, de fato, do patrimônio das famílias, mas é apenas um pedaço da história.
O Wealth Planning é o conceito de ajudar as famílias na própria organização, é ajudar a pensar nesse patrimônio a longo prazo: como fazemos para preservar, multiplicar, proteger e transmitir o patrimônio para as próximas gerações – da maneira mais eficiente, sob o menor custo tributário possível, maior segurança jurídica e menor desgaste intrafamiliar.
E, como cada família é única, a estruturação e o planejamento também são: não existe receita de bolo. Como eu gosto de dizer, cada família tem seu quebra-cabeça e o nosso papel é ajudar a buscar as peças corretas e encaixá-las da maneira certa. Não vou enganar vocês, é claro que existem algumas peças que – talvez – possam ser comuns nesses planejamentos, mas é sempre preciso olhar com muito cuidado para cada cliente em particular, para não colocar em risco toda uma história construída, muitas vezes, por gerações.
Esse Wealth Planning que a gente faz, precisa levar em conta basicamente três pontos de maneira imprescindível:
- A estrutura da família: quem faz parte do núcleo familiar? É apenas um núcleo? É nosso? Meu? Seu? E onde moramos? Onde pretendemos morar?
- A composição do patrimônio: imobilizado? Composto, majoritariamente, por ativos financeiros? No Brasil ou no Exterior? De onde vem a renda que me propicia o acúmulo desse patrimônio?
- Qual o objetivo da minha família? O que ela exatamente quer? Nosso foco é a sucessão, a economia tributária ou a proteção patrimonial?
Bem em verdade, é que “esse Wealth Planning” que a gente faz é muito mais do que montar uma holding ou uma estrutura offshore. É olhar para a sua família e entender como a gente pode fazer seu legado perpetuar por inúmeras gerações, é maximizar e otimizar seu patrimônio, é estar ao seu lado para cuidar de um pedaço importante da sua vida, para que você possa se dedicar a ela toda.